Naná abriu o Carnaval do Recife nos últimos 15 anos, acompanhado do cortejo que uniu as diferentes Nações de Maracatu por meio deste projeto. Neste ano de 2016 eram 11 Nações de Maracatus, 04 tribos de Caboclinhos e 20 Caboclos de Lança do Maracatu Rural.
“Era muito difÃcil você colocar as Nações para tocar junto, e Naná com toda a humildade conseguiu conversar com os mestres, sentar com todo mundo e fazer essa unificação dos baques. Unir todas as nações em um baque só, na proposta de um projeto de abrir o Carnaval do Recife”, conta Chacon Viana, Mestre da Nação Porto Rico – homenageada no Carnaval 2016.
Quando tinha apenas 12 anos, Naná já tocava profissionalmente em bares e clubes noturnos – onde lhe exigiam até autorização judicial, junto com seu pai.
Aprendeu a tocar sozinho, usando panelas e penicos de casa, ainda quando criança. Não frequentou aulas de música, tão pouco ingressou na faculdade, mas em uma entrevista ele explicou: “Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra.”
Ganhador de oito Grammys, em dezembro de 2015 Naná recebeu tÃtulo de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Autodidata, colaborou com nomes como Egberto Gismonti, Pat Metheny, além de ter produzido o primeiro álbum do Cordel do Fogo Encantado.
É uma inestimável perda para a humanidade, mas o legado deixado para a sociedade e especialmente com as aberturas dos Carnavais de Recife-PE enchem de orgulho o povo brasileiro e principalmente os brincantes do Maracatu que tiveram oportunidade de estar com o Mestre Naná.
Com certeza está num bom lugar.
Com sinceros sentimentos da equipe maracatu.org.br.